Mecanismos Internos de Governança e a Participação Acionária de Estrangeiros: Uma Análise das Companhias Abertas Brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.18568/internext.v14i3.497Palavras-chave:
Governança Corporativa, Mecanismos Internos, Investidor EstrangeiroResumo
Este trabalho buscou analisar os efeitos dos mecanismos internos de governança na participação de estrangeiros nas empresas brasileiras de capital aberto de 2007 a 2016. A amostra composta por 582 empresas listadas na B3, totalizou 24.247 acionistas. Foram analisadas a identidade do acionista, o Conselho de Administração, o ambiente empresarial e macroeconômico. Os dados em painel não balanceado, foram analisados com uso da correlação e regressão com efeitos fixos. Os resultados foram estatisticamente significantes para a relação com as classes família, propriedade privada ordinária, investidor institucional, Governo A (controlador), Governo C (fundos de pensão), estes com coeficiente negativo. Os positivos foram encontrados na propriedade privada preferencial e Governo B preferencial (bancos de desenvolvimento). Sobre o Conselho, as variáveis independência e presença de membros classificados como internos, foram negativamente significantes. Segundo os dados, o investidor reage positivamente ao dólar – câmbio. Quanto ao desempenho a variável significante foi o Q-Tobin, com coeficiente positivo.
Downloads
Referências
Aguilera, R. V., Desender, K., Bednar, M. K., Lee, J. H. (2015). Connecting the dots: bringing external corporate governance into the corporate governance puzzle. The Academy of Management Annals, 9(1), 483-573.
Andrade, A., Rossetti, J. P. (2009). Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. (4a ed.). São Paulo: Atlas.
Arreola, M. F. (2014) The effects of state ownership in the internationalization of emerging multinationals. Tese de Doutorado em Administração. Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP, Brasil.
Brey, N. K., Camilo, S. P. O., Marcon, R., Bandeira-De-Mello, R. (2014). Conexões políticas em estruturas de propriedade: o governo como acionista em uma análise descritiva. Revista de Administração Mackenzie, 15(1), 98-124.
Caixe, D. F., Krauter, E. (2014). Relação entre governança corporativa e valor de mercado: mitigando problemas de endogeneidade. Brazilian Business Review, 11(1) 96-117.
Campos, T. (2006). Estrutura da propriedade e desempenho econômico: uma avaliação empírica para as empresas de capital aberto no Brasil. Revista de Administração, 41, 369-380.
Carvalhal-Da-Silva, A. L. (2002). A influência da estrutura de controle e propriedade no valor, estrutura de capital e política de dividendos das empresas brasileiras. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Carvalhal-Da-Silva, A. L. (2004). Governança corporativa, valor, alavancagem e política de dividendos das empresas brasileiras. Revista de Administração, 39(4), São Paulo, 348-361.
CEPAL - Comissão Econômica para a América Latina e Caribe. (2017). O Investimento Estrangeiro Direto na América Latina e no Caribe 2017: Documento informativo. 2017. Recuperado em 10 agosto, 2017, de: http://www.cepal.org/pt-br/publicaciones/42054-o-investimento-estrangeiro-direto-america-latina-caribe-2017-documento
Cooper, D. R., Schindler, P. S. (2016). Métodos de pesquisa em administração (12a ed.). Porto Alegre: Bookman.
Cunha, T. S. (2012). Governança corporativa e a participação dos investidores estrangeiros nas companhias abertas latino americanas. Dissertação de Mestrado em Economia e Finanças. Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP, Brasil.
Denis, D. K., Mcconnell, J. J. International Corporate Governance (2003). The Journal of Financial and Quantitative Analysis, 38(1), 1-36, Mar.
Dhillon, A., Rossetto, S. (2015). Ownership Structure, Voting, and Risk. The Review of Financial Studies, 28(2), 521-560.
Eisenhardt, K. M. (1989). Agency theory: An assessment and review. The Academy of Management Review, 14(1), 57-74, Jan.
Fama, E. (1980). Agency problems and the theory of the firm. The Journal of Political Economy, 88(2), 288-307.
Gomes, A. P. M. (2016). Características da Governança Corporativa como Estímulo à Gestão Fiscal, Revista Contabilidade & Finanças – USP, 27(71), 149-168.
Hair, J.F., Jr., Babin, B., Money, A. H., Samouel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.
Gujarati, D. N. (2006). Econometria Básica. Rio de Janeiro: Elsevier.
IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2015). Código das melhores práticas de governança corporativa. (5a ed.). São Paulo: IBGC, 108p.
JENSEN, M. C. (1993). The modern industrial revolution, exit, and the failure of internal control systems. Journal of Finance, 48(3), 831-880.
Jensen, M. C., Meckling, W. H. (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360.
Jensen, M. C., Meckling, W. H. (2008). Teoria da firma: comportamento dos administradores, custos de agência e estrutura da propriedade. RAE, 48(2), 87-125.
Kayo, E. K., Famá, R. (1997). Teoria da agência e crescimento: Evidências empíricas dos efeitos positivos e negativos do endividamento. Caderno de Pesquisa em Administração, 2(5), 1-8.
Lana, J. Internacionalização financeira e desempenho das empresas brasileiras listadas. Dissertação de Mestrado em Administração, Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, SC, Brasil.
La Porta, R., Lopez-De-Silanes, F., Shleifer, A., Vishny, R. (1999). Corporate ownership around the world. Journal of Finance, 54.
Okimura, R. T. (2003). Estrutura de propriedade, governança corporativa, valor e desempenho das empresas no Brasil. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Okimura, R. T., Silveira, A. D. M., Rocha, K. C. (2007). Estrutura de propriedade e desempenho corporativo no Brasil. Revista de Administração Contemporânea. Eletrônica, 1(1), 119-135.
Paiva, J. F. M., Oliveira, N. A., Peixoto, F. M. (2015). A Relação entre Conselho de Administração, Desempenho, Valor e Risco no Mercado Brasileiro de Ações. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade – REPEC, 9(1), 25-44.
Ribeiro, H.C.M., Santos, M. C. (2015). Perfil e Evolução da Produção Científica do Tema Governança Corporativa nos periódicos Qualis/Capes Nacionais: Uma Análise Bibliométrica e de Redes Sociais. Contabilidade, Gestão e Governança, 18, 160-180.
Sandroni, P. (1999). Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Best Seller.
Shleifer, A. Vishny, R. (1997). A survey of corporate governance. Journal of Finance, 52(2), 737-783, June.
Silva, V. C., Melo, M. R., Silva, A. Jr., Dumer, M. C. R. (2017). Efeitos de diferentes dimensões de governança corporativa no gerenciamento de resultados de companhias brasileiras listadas na BM&FBovespa. Anais do Congresso ANPCOT, Belo Horizonte, MG, Brasil, 11.
Silveira, A. D. M. (2004). Governança corporativa e estrutura de propriedade: determinantes e relação com o desempenho das empresas no Brasil. Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Silveira, A. M., Barros L., Famá, R. (2003). Estrutura de governança e desempenho financeiro das companhias abertas brasileiras: um estudo empírico. Caderno de Pesquisas em Administração, 10(1), São Paulo, jan-mar.
Silveira, A. M., Barros L., Famá, R. (2004). Determinantes do nível de governança corporativa das companhias abertas brasileiras. Anais SEMEAD FEA USP, São Paulo, SP, Brasil, 7.
Silveira, A. M., Barros L., Famá, R. (2008). Atributos corporativos e concentração acionária no Brasil. Revista de Administração de Empresas-RAE, 48(2), 51-66.
Thomsen, S., Pedersen, T. (2000). Ownership structure and economic performance in the largest european companies. Strategic Management Journal, 21, 689-705.
Wooldridge, J. M. (2002). Econometric Analysis of Cross Section and Panel Data. The MIT Press, Cambridge, MA.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html