Os Impactos da Governança Corporativa e da Internacionalização no Valor de Mercado das Empresas Brasileiras: uma Aplicação da Análise dos Componentes Principais
DOI:
https://doi.org/10.18568/internext.v16i3.619Keywords:
Valor de mercado, Governança corporativa, Internacionalização, ADRAbstract
Objetivo: Analisar os impactos da governança corporativa e da internacionalização no valor de mercado das empresas brasileiras emissoras de American Depositary Receipt (ADR) no período de 2010 a 2018.
Método: Regressão linear múltipla com dados em painel e análise dos componentes principais para definição das proxies de governança corporativas. Os dados foram coletados na plataforma Economatica® e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Principais resultados: Os resultados apontam que, quanto menor a expropriação e a descentralização de poder e maior o comportamento de entrincheiramento nas organizações, maior será o seu valor de mercado. Além disso, a liquidez e a rentabilidade exercem uma influência positiva sobre o valor de mercado das empresas brasileiras, enquanto o endividamento, a volatilidade e o tamanho o afetam de forma negativa.
Relevância/originalidade: As diferentes variáveis de governança corporativa foram combinadas por meio da técnica da análise de componentes principais e trabalhadas com base em alguns dos principais aspectos da governança: entrincheiramento, expropriação e centralização de poder. Isso destaca a originalidade do trabalho, bem como sua relevância para a literatura.
Contribuições teóricas/metodológicas: Análise de diferentes vertentes da governança corporativa e do impacto dessas variáveis e da internacionalização sobre o valor de mercado das firmas. Para as empresas, o estudo contribui para o entendimento de como aspectos da governança corporativa pode impactar no seu valor perante o mercado.
Downloads
References
Aggarwal, R., Schloetzer, J. D., & Williamson, R. (2019). Do corporate governance mandates impact long-term firm value and governance culture?. Journal of Corporate Finance, 59(1), 202-217.
Alchian, A. A., & Demsetz, H. (1972). Production, information costs, and economic organization. The American economic review, 62(5), 777-795.
Alnabsha, A., Abdou, H. A., Ntim, C. G., & Elamer, A. A. (2018). Corporate boards, ownership structures and corporate disclosures. Journal of Applied Accounting Research, 19(1), 20-41.
Andrade, L. P. D., Salazar, G. T., Calegário, C. L. L., & Silva, S. S. (2009). Governança corporativa: uma análise da relação do conselho de administração com o valor de mercado e desempenho das empresas brasileiras. Revista de Administração Mackenzie, 10(4), 4-31.
Assidi, S. (2020). The effect of voluntary disclosures and corporate governance on firm value: a study of listed firms in France. International Journal of Disclosure and Governance, 17(2), 168-179.
Becht, M., Bolton, P., & Röell, A. (2003). Corporate governance and control. In Handbook of the Economics of Finance (Vol. 1, pp. 1-109). Netherlands: Elsevier.
Bhat, K. U., Chen, Y., Jebran, K., & Bhutto, N. A. (2018). Corporate governance and firm value: a comparative analysis of state and non-state owned companies in the context of Pakistan. Corporate Governance: The international journal of business in society, 18(6), 1196-1206.
Black, B. S., Jang, H., & Kim, W. (2006). Does corporate governance predict firms' market values? Evidence from Korea. The Journal of Law, Economics, and Organization, 22(2), 366-413.
Boone, A. L., Field, L. C., Karpoff, J. M., & Raheja, C. G. (2007). The determinants of corporate board size and composition: An empirical analysis. Journal of financial Economics, 85(1), 66-101.
Brainard, W. C., & Tobin, J. (1968). Pitfalls in financial model building. The American Economic Review, 58(2), 99-122.
Caixe, D. F., & Krauter, E. (2013). A influência da estrutura de propriedade e controle sobre o valor de mercado corporativo no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças – USP, São Paulo, 24(62), 142-153.
Cardoso, G. F., Peixoto, F. M., & Barboza, F. (2019). Board structure and financial distress in Brazilian firms. International Journal of Managerial Finance. 15(5), 813-828.
Chung, K. H., & Pruitt, S. W. (1994). A simple approximation of Tobin's q. Financial management, 23(3), 70-74.
Claessens, S., Djankov, S., Fan, J. P. H., & Lang, L. H. P. (2002). Disentangling the Incentive and Entrenchment Effects of Large Shareholdings. The Journal of Finance. 57(6), 2741-2771.
Dal Vesco, D. G., & Beuren, I. M. (2016). Do the board of directors composition and the board interlocking influence on performance?. BAR-Brazilian Administration Review, 13(2), 1-26.
DeAngelo, L. E. (1981). Auditor size and audit quality. Journal of accounting and economics, 3(3), 183-199.
Duarte, D. L., Araújo, F. B. B., Peixoto, F. M., & Barboza, F. L. M. (2019). Disclosure de governança corporativa e o nível de internacionalização das empresas no mercado de capitais brasileiro. Advances in Scientific & Applied Accounting, 12(3), 3-21.
Dunning, J. H. (1988). The theory of international production. The International Trade Journal, 3(1), 21-66.
Errunza, V. R., & Senbet, L. W. (1981). The effects of international operations on the market value of the firm: Theory and evidence. The Journal of Finance, 36(2), 401-417.
Fama, E., & Jensen, M. (1983). Separation of ownership and control. Journal of Law and Economics, 26, 301-325.
Fávero, L. P., Belfiore, P., Takamatsu, R. T., & Suzart, J. A. S. (2014). Métodos quantitativos com Stata. Rio de Janeiro: Elsevier.
Figueiredo, D. Filho, Nunes, F., Rocha, E. C. da, Santos, M. L., Batista, M., & Silva, J. A. Jr. (2011). O que fazer e o que não fazer com a regressão: pressupostos e aplicações do modelo linear de mínimos quadrados ordinários (MQO). Revista Política Hoje, 20(1), 44-99.
Floriani, D. E., & Fleury, M. T. (2012). O efeito do grau de internacionalização nas competências internacionais e no desempenho financeiro da PME brasileira. RAC-Revista de Administração Contemporânea, 16(3), 438-458.
Grun, R. (2003). Atores e ações na construção da governança corporativa brasileira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 18(52), 139-161.
Hart, O. (1995). Corporate Governance: some theory and implications. The Economic Journal, 105(430), 678-689.
Holtz, L., Vargas, L. H. F., Macedo, M. A. S., & Bortolon, P. M. (2013). Análise do tamanho do conselho de administração: evidências no mercado brasileiro. Advances in Scientific and Applied Accounting, 6(3), 321-347.
Hongyu, K., Sandanielo, V. L. M., & de Oliveira Junior, G. J. (2016). Análise de componentes principais: resumo teórico, aplicação e interpretação. E&S Engineering and Science, 5(1), 83-90.
Hotelling, H. (1936). Simplified calculation of principal components. Psychometrika, 1(1), 27-35.
Iacobucci, D. E. (2001). Methodological and statistical concerns of the experimental behavioral researcher. Journal of Consumer Psychology, 10(1-2), 1-121.
Jensen, M., & Meckling, W. (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360.
Johanson, J., & Vahlne, J. E. (1977). The internationalization process of the firm—a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of International Business Studies, 8(1), 23-32.
Johanson, J., & Wiedersheim‐Paul, Finn. (1975). The internationalization of the firm—four swedish cases 1. Journal of Management Studies, 12(3), 305-323.
Kammler, E. L., & Alves, T. A. (2009). Análise da Capacidade Explicativa do Investimento Pelo” q. RAE-eletrônica, 8(2), 1-19.
Kennedy, P. (2009). A guide to econometrics. Boston: MIT Press.
Kieschnick, R., & Moussawi, R. (2018). Firm age, corporate governance, and capital structure choices. Journal of Corporate Finance, 48(1), 597-614.
Kwok, C. C. Y., & Reeb, David M. (2000). Internationalization and firm risk: An upstream-downstream hypothesis. Journal of International Business Studies, 31(4), 611-629.
La Porta, R., Lopez-de-Silanes, F., Shleifer, A., & Vishny, R. (2000). Investor protection and corporate governance. Journal of Finance Economics, 58, 3-27.
Lang, M. H., Lins, K. V., & Miller, D. P. (2003). ADRs, analysts, and accuracy: Does cross listing in the United States improve a firm's information environment and increase market value?. Journal of Accounting Research, 41(2), 317-345.
Leal, R. P. C. (2004). Carvalhal-da-Silva. Corporate Governance Index, Firm Valuation and Performance in Brazil. COPPEADUFRJ working paper.
Lefort, F., & Urzúa, F. (2008). Board independence, firm performance and ownership concentration: Evidence from Chile. Journal of Business Research, 61(6), 615-622.
Lewis-Beck, M. (1980). Applied Regression: an introduction. Series Quantitative Applications in the Social Sciences. SAGE University Paper.
Li, Y., Gong, M., Zhang, X. Y., & Koh, L. (2018). The impact of environmental, social, and governance disclosure on firm value: The role of CEO power. The British Accounting Review, 50(1), 60-75.
Lins, K. V. (2003). Equity ownership and firm value in emerging markets. Journal of Financial and Quantitative Analysis, 38(1), 159-184.
Liu, X., & Zhang, C. (2017). Corporate governance, social responsibility information disclosure, and enterprise value in China. Journal of Cleaner Production, 142(2), 1075-1084.
Lu, J., Xu, B., & Liu, X. (2009). The effects of corporate governance and institutional environments on export behaviour in emerging economies. Management International Review, 49(4), 455-478.
Marques, T. A., Guimarães, T. M., & Peixoto, F. M. (2015). A concentração acionária no Brasil: análise dos impactos no desempenho, valor e risco das empresas. Revista de Administração Mackenzie, 16(4), 100-133.
Martinez, A. L. (1999). Buscando o valor intrínseco de uma empresa: revisão das metodologias para avaliação dos negócios. Associação Nacional de Pós Graduação Em Administração, 23(1), 1-15.
Melo, R. S., Batista, P. C. de S., Macedo, A. C. M. de, & Costa, R. B. L. de. (2013). A contribuição da governança corporativa para o desempenho das empresas brasileiras de capital aberto. REGE – Revista de Gestão, 20(1), 9-92.
Morck, R., Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1988). Management ownership and market valuation: An empirical analysis. Journal of Financial Economics, 20(1), 293-315.
Nascimento, J. C. H. B., Angotti, M., da Silva Macedo, M. A., & Bortolon, P. M. (2018). As relações entre governança corporativa, risco e endividamento e suas influências no desempenho financeiro e no valor de mercado de empresas brasileiras. Advances in Scientific and Applied Accounting, 11(1), 166-185.
Neto, J. M. M., & Moita, G. C. (1998). Uma introdução à análise exploratória de dados multivariados. Química Nova.
Oh, C. H. (2010). Value Creation and Home Region Internationalization of U.S. MNEs. Multinational Business Review, 18(4), 23-50.
Oliveira, J., Rodrigues, L. L., & Craig, R. (2011). Risk‐related disclosures by non‐finance companies. Managerial Auditing Journal. 26(9), 817-839.
Petry, J. F., Brizolla, M. M. B., de Azevedo Herculano, H., & Hein, N. (2014). Influência da internacionalização das empresas brasileiras na criação de valor. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, 7(1), 158-180.
Pinheiro, L. E. T., Neves, P. A., Souza, R. M., & Casabianca, M. L. (2019). Conflito entre acionistas, governança corporativa e valor da empresa: uma análise em empresas brasileiras. Revista Contemporânea de Contabilidade, 16(41), 3-22.
Procianoy, J. L., & Verdi, R. S. (2009). Adesão aos Novos Mercados da BOVESPA: Novo Mercado, Nível 1 e Nível 2 Determinantes e Conseqüências. Revista Brasileira de Finanças, 7(1), 107-136.
Riahi-Belkaoui, A. (1999). The degree of internationalization and the value of the firm: theory and evidence. Journal of International Accounting, Auditing and Taxation, 8(1), 189-196.
Rodrigues, S. D. S., & Galdi, F. C. (2017). Relações com investidores e assimetria informacional. Revista Contabilidade & Finanças, 28(74), 297-312.
Rosa, P. R., & Rhoden, M. I. S. (2007). Internacionalização de uma empresa brasileira: um estudo de caso. REAd-Revista Eletrônica de Administração, 13(3), 684-704.
Saito, R., & Silveira, A. D. M. D. (2008). Governança corporativa: custos de agência e estrutura de propriedade. Revista de administração de empresas, 48(2), 79-86.
Silva, C. C. S., & Martins, O. S. (2015). Valor e Práticas de Governança Corporativa das Empresas Listadas na BM&Fbovespa. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 5(3), 26-41.
Santos, J. G. C. dos, Vasconcelos, A. C. de, & Luca, M. M. M. De. (2015). Internacionalização de Empresas e Governança Corporativa: Uma Análise das Maiores Companhias Abertas do Brasil. Advances in Scientific and Applied Accounting, 8(3), 300-319.
Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1997). A Survey of Corporate Governance. Journal of Finance, 52(2), 737-783.
Silva, J. R., Silva, A. F. D., & Chan, B. L. (2019). Enterprise risk management and firm value: Evidence from Brazil. Emerging Markets Finance and Trade, 55(3), 687-703.
Silveira, A. D. M. D., & Barros, L. A. B. D. C. (2008). Determinantes da qualidade da governança corporativa das companhias abertas brasileiras. Revista Eletrônica de Administração, 14(3), 1-29.
Silveira, A. Di M. da, Barros, L. A. B. de C., & Famá, R. (2003). Estrutura de governança e valor das companhias abertas brasileiras. Revista de Administração de Empresas, 43(3), 50-64.
Sonza, I. B., & Kloeckner, G. O. (2014). Governança em estruturas proprietárias concentradas: novas evidências para o Brasil. Revista de Administração, 49(2), 322-338.
Souza, D. H. O., Peixoto, F. M., & Santos, M. A. (2016). Efeitos da governança corporativa na distribuição de dividendos: um estudo em empresas brasileiras. Advances in Scientific and Applied Accounting, 9(1), 58-79.
Souza, F. C., Murcia, F. D. R., & Marcon, R. (2011). Bonding hypothesis: análise da relação entre disclosure, governança corporativa e internacionalização de companhias abertas no Brasil. Revista Contabilidade, Gestão e Governança, 14(2), 62-81.
Tobin, J. (1969). A general equilibrium approach to monetary theory. Journal of money, credit and banking, 1(1), 15-29.
Viana Junior, D. B. C. C., Caixe, D. F., & Ponte, V. R. M. R. (2019). Efeito moderador da instabilidade econômica na relação entre concentração de controle e valor de mercado: evidências empíricas na América Latina. BBR. Brazilian Business Review, 16(4), 400-415.
Vilhena, F. A. C., & Camargos, M. A. (2015). Governança corporativa, criação de valor e desempenho econômico-financeiro: evidências do mercado brasileiro com dados em painel, 2005-2011. REGE-Revista de Gestão, 22(1), 77-96.
Wahba, H. (2015). The joint effect of board characteristics on financial performance: Empirical evidence from Egypt. Review of Accounting and Finance, 14(1), 20-40.
Wu, J., Wang, C., Hong, J., Piperopoulos, P, & Zhuo, S. (2016). Internationalization and innovation performance of emerging market enterprises: The role of host-country institutional development. Journal of World Business, 51(2), 251-263.
Yermack, D. (1996). Higher market valuation of companies with a small board of directors. Journal of financial economics, 40(2), 185-211.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Internext - Review of International Business
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- The author(s) authorize the publication of the article in the journal;
- The author(s) ensure that the contribution is original and unpublished and is not being evaluated in other journal(s);
- The journal is not responsible for the opinions, ideas and concepts expressed in the texts because they are the sole responsibility of the author(s);
- In case an article will be approved for publication, the author will sign the term of Cession of Copyright to the journal, according to the download form.